Junto ao mar... Passeio os olhos Neste campo de terra preta, Fértil, arada, De cara virada ao sol, Ventre aberto Ansiosa pela semente Que em si será fecundada. Ao fundo, de um dos lados, Poupado à fúria laboriosa Das lâminas do arado, O bunker de couves-galegas Eternas resistentes das intempéries Do outro? Ai do outro! … Do outro lado, O azul do meu mar, Com a distância de uns metros. Assim o tenho… Às vezes alteroso, outras calmo, Mas assumido nessa sua cor às vezes esverdeada E nesse feitio ora inquieto ora calmo. Nos metros que o separam da preta terra, Permanece indiferente A toda esta maravilha, A calçada, onde passeio as minhas emoções, Que calcorreio, que piso, que aleijo e não se queixa. Lucibei
Enviado por Lucibei em 26/01/2007
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