Convívio na aldeia Hoje, a entrada é de pêssegos Que a fome está a apertar; Casca tirada co’a boca E o sumo a escorregar. Chega o prato principal E que forte é o apetite: Barriga e sardinha assadas Muito melhor que um bife. Guardanapos? Foram de férias Fiquei com os dedos melados; Lambi-os o melhor que pude P’ra não estarem besuntados. A sardinha está mais seca Mas a gente faz milagres; Digo eu e dizes tu E mais os nossos confrades. A barriga tem bom aspeto Mas não a quero provar; Tenho barriga que chegue Não a quero aumentar. AS batatas saborosas Não eram, nem foram demais… Toda a gente as provou E só queriam comer mais. A salada está um mimo Mesmo co’a cenoura faltando; Mais os ovos que esqueceram Mas estamos almoçando. O vinho é o do costume Estava como se quer; Com álcool o quanto baste E fresquinho p’ra beber. P’ra terminar o repasto Pão de Deus às fatias; Comidas sem faca ou garfo Que a gente não tem manias. As senhoras já comeram Esperamos que o Sô Zé Acabe o que tem no prato Pró Paulo fazer café. E terminados os comes Como a vida não é uma seca; Formamos duas equipas Para jogar à sueca. Junho de 2018 Lucibei@poems Lúcia Ribeiro In ”Trovas e Quadras” Lucibei
Enviado por Lucibei em 12/02/2019
Alterado em 02/06/2020 Copyright © 2019. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |