Hoje, dia 10 de junho, Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, resolvi fazer este poema suscitado pelo do nosso poeta maior.
"Ao desconcerto do Mundo” Os bons vi sempre passar No Mundo graves tormentos; E pera mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só pera mim, Anda o Mundo concertado." Luís Vaz de Camões Um país desconcertado Aos bons índios do “Retângulo” Foi destinado sofrer Mal se queixam da desgraça E assim lhes sobra o tempo Para as próprias feridas lamber. E, como não sou mui lerda Nem sequer me espantava Ver os índios de verdade Aumentar sua reserva. Os bons têm temperança Acreditam no futuro Mas quanto mais tempo passa Chega um amanhã mais escuro. Nadam os maus prazerosos Em rios e mares de dinheiro E os índios insuspeitos Nadam em mares verdadeiros. Assim, vai este país Tanto e tão mal concertado Que o bom só tem defeito Está sempre a ser castigado. Mas Deus lá bem do seu alto Tem uma visão suprema Pode bem ser, que um dia Acabe com o estratagema Porque a morte conserta tudo… Dos maus não há que ter pena. Lucibei@poems Lúcia Ribeiro In “Muita Poesia e Pouca Prosa” Lucibei
Enviado por Lucibei em 10/06/2020
Alterado em 10/06/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |