Cantata a dois No lusco-fusco da noite No canto do quarto Ensaiamos a canção do desejo. Na canção do desejo Trinamos a ária do prazer E, na área do prazer nos perdemos Entoando a canção da entrega Em falsetes sincronizados. E, nesta entrega total, sussurramos Os acordes do amor eterno Fruindo de um cantar a dois Desde o dilúculo do amor Até ao derradeiro lusco-fusco Da nossa vida a dois. Só não entoamos juntos a canção da morte… A vida não deixou. Houve, apenas, o estrelejar de lágrimas E canções de soluços incontidos. Lucibei@poems Lúcia Ribeiro In “Muita Poesia e Pouca Prosa” Lucibei
Enviado por Lucibei em 21/10/2020
Alterado em 21/10/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |